Quantas vezes ocupamos nossa mente preocupando-nos com problemas que não são nossos? Nos sentimos na obrigação de gastarmos tempo e massa cinzenta buscando fórmulas e soluções para problemas de amigos, familiares e até de desconhecidos.
Não estou fazendo apologia contra a solidariedade, mas a favor de que consigamos aprender que, antes de nos preocuparmos com assuntos alheios, devemos buscar fórmulas e soluções para nossos próprios problemas.
No momento em que me ocupo com minhas coisas, alivio a tarefa de outros se preocuparem comigo, me autodetermino e valorizo-me como ser humano capaz e independente ao mesmo tempo que deixo aos meus afetos a oportunidade de se autodeterminarem e também aumentarem a auto-estima.
Quantos pais, mães, maridos, esposas, filhos, passam mais tempo de suas vidas tentando resolver os problemas de seus queridos e esquecendo de si próprios? Será que esta atitude realmente colabora para que todos sejam mais felizes?
Ajudar, apoiar, torcer para que todos alcancem seus ideais de realização é muito positivo, mas assumir o lugar do outro, é uma forma dissimulada de rotulá-lo de incompetente e de trazer para si as glórias de uma conquista, o que em vez de ser generoso é algo mesquinho e desumano.
Cada um tem o direito de errar e acertar, ninguém é superior a ninguém, dentro das limitações de cada um muito pode ser realizado e valorizado.
Todos temos como prioridade a felicidade, mas só a alcançamos quando a conquistamos dia após dia através de nosso próprio empenho e ajudamos aos outros sem lhes tolher o poder decisório.