segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Resolva seus problemas

Por Dr. Phil McGraw(1)



Ser saudável significa cuidar do corpo e da mente. Aqui estão algumas das melhores dicas para alcançar esse objetivo.

Acabe com um mau hábito. A gente não acaba com um mau hábito. O que fazemos é substituir o comportamento indesejado por algo que nos distraia e que não tenha efeitos colaterais nocivos. Por isso, se seu problema é comer demais ao chegar em casa depois do trabalho, descubra uma atividade que seja incompatível com isso. Não dá para dar uma caminhada e se entupir de comida ao mesmo tempo, por exemplo.

Casamento é como um jardim. Relacionamentos são negociações, e a negociação não acaba nunca. É um eterno toma-lá-dá-cá, e sempre dá trabalho. Se você plantasse um jardim e só voltasse a vê-lo seis meses depois, não ia conseguir sequer encontrá-lo. É preciso cuidar dele: adubar, molhar, acabar com as ervas daninhas...

Livre-se do estresse. Minha cadela Maggie é o melhor remédio antiestresse que conheço. Alguns minutos fazendo carinho ou brincando com ela e toda a tensão desaparece. Exercício também é bom. Eu jogo tênis quase todo dia. É um ótimo exercício e, sempre que pratico, lido melhor com meus problemas, durmo e penso melhor.

Redirecione sua raiva. Ter um ataque de raiva não é uma idéia muito boa. Você acaba dizendo coisas sempensar e não vai ter como voltar atrás. A raiva em geral é sinal de mágoa, medo oufrustração, e é melhor lidar com os sentimentos que levaram à irritação do que explodir.

Comida não é remédio. Comer quando se está com um problema nunca funciona. Fazendo isto você está se recusando a encarar o que lhe incomoda.(2)

(1) O Dr. Phill McGraw é autor, entre outros, do livro "A Dieta do Dr. Phil".
(2) Publicado na Revista Seleções de setembro/2007.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Sábias Palavras


Trechos do livro "Tao Te King", de Lao Tsu:

"Aquele que conhece os outros é sábio.
Aquele que conhece a si mesmo é iluminado.

Aquele que vence os outros é forte.
Aquele que vence a si mesmo é poderoso.

Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva o seu caminho tem vontade."


"Seja humilde, e permanecerás íntegro.
Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo."


"O sábio não se exibe, e por isso brilha.
Ele não se faz notar, e por isso é notado.
Ele não se eleogia, e por isso tem mérito.
E porque não está competindo, ninguém no mundo pode competir com ele."

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O que é divertido nos seres humanos


Um discípulo perguntou a Hejasi:
- Quero saber o que é mais divertido nos seres humanos.
Hejasi comentou:
- Pensam sempre ao contrário: têm pressa de crescer e depois suspiram pela infância perdida. Perdem a saúde para ter dinheiro, e logo em seguida perdem o dinheiro para ter saúde.
- Pensam tão ansiosamente no futuro que descuidam do presente, e assim nem vivem o presente nem o futuro.
- Vivem como se não fossem morrer nunca, e morrem como se não tivessem jamais vivido.

(Publicado na coluna do Paulo Coelho no Jornal ABC Domingo de 09/09/2007.)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Aceitando as Diferenças

texto de Flávio Gikovate, publicado no Jornal O Sul de 09/11/2003.

Tenho tentado mostrar como nosso relacionamento com as outras pessoas é, na realidade, uma espécie de monólogo no qual esperamos encontrar no outro um espelho de nós mesmos. Isso só ocorre porque somos inseguros e toleramos mal as diferenças de opinião - que nos deixam em dúvida sobre nossas próprias posições - e nos lembram a condição de solidão, da qual tentamos fugir o tempo todo.

Se não somos iguais, cada vez que conhecemos uma pessoa temos de nos dedicar a tentar saber quem ela é. Sim, porque já sabemos que não é obrigatório que ela pense, sinta, julgue e aja como nós. É evidente que deve haver alguns pontos em comum, porém, o importante é detectar com precisão as diferenças, condição indispensável para podermos fazer previsões em relação aos possíveis comportamentos dessa pessoa. Assim, iniciamos o processo de entrar em sua alma, descobrir como ela funciona e, por alguns minutos, vivenciar as coisas sob aquele ponto de vista. A isso chamamos de empatia.

Este processo é completamente diferente de se colocar no lugar do outro levando nossa experiência e nossos pontos de vista. Trata-se de entrar no sistema de pensamento da outra pessoa e pensar segundo as regras que a norteiam. É evidente que se trata de algo mais difícil, já que o modo de ser e de pensar de cada um de nós é fortemente influenciado por aquilo que passamos ao longo dos anos. É difícil conseguirmos nos intrometer na subjetividade de outra pessoa sem cometer alguns equívocos.

Aquele que quiser comprometer seu semelehante - mas não igual - terá de se conscientizar de que fazer um juízo moral a respeito de sua forma de pensar tem muito pouca serventia. Entrar na alma do outro é fazer uma viagem totalmente diferente, onde o que interessa é conseguir sentir como o outro sente, pensar como o outro pensa, julgar como o outro julga. Com isso poderemos nos sentir próximos dessa pessoa por um certo tempo, compreendê-la e até mesmo nos sentir solidários a ela. Isso não significa, entretanto, que devemos aceitar todo tipo de comportamento ou nos livrarmos das nossas preocupações éticas.

É evidente que teremos maiores afinidades com aqueles que têm um modo de avaliar as coisas mais ou menos parecido com o nosso. Devemos, porém, tentar compreender aqueles que são bastante diferentes de nós. Isso provocará um enorme enriquecimento da nossa vida interior, pois por meio desse tipo de experiência poderemos vivenciar outros modos de existir e de pensar sobre nossa condição. Compreender e se comunicar com todos os tipos de pessoa será sempre uma empreitada engrandecedora. Por essa via poderemos acumular um conhecimento de vida muito mais rico do que com uma atitude crítica que, na verdade, exclui e despreza tudo e todos que não forem como nós.