segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Tomando Decisões


Segundo um estudo da Universidade de Amsterdã, na Holanda, o fato de pensar demais em um problema leva a tomar decisões erradas no final. Por mais razões que sejam usadas para justificar uma decisão, se o corpo diz "não", é que o passo que será dado não se conecta com a parte mais íntima da pessoa.

Ao longo da vida enfrentamos grandes mudanças, como as relacionadas com o casamento, os filhos, a família, o mundo do amor e dos afetos.

Também devemos decidir em assuntos referentes à nossa orientação profissional, que pode levar muitos anos em uma atividade, tanto em direção à expansão quanto ao recuo na vida.
Um grande projeto profissional, que pode exigir uma mudança de casa e de amigos, também é uma situação crítica da existência, em que é importante ter claro se é melhor responder "sim" ou "não", avançar em um sentido ou outro, inclusive retroceder ou dar um passo para o lado.

"São situações em que é aconselhável fazer uma série de perguntas esclarecedoras para decidir algo com as maiores garantias de sucesso", diz o psicoterapeuta José María Doria, que dá workshops de desenvolvimento pessoal na América e na Europa.

Uma dúvida central é "Meu corpo pede esta decisão?". Isso consiste em checar se o que será feito tem sensatez, entendida como uma sabedoria instintiva. É se queestionar se o que vai ser feito faz sentido, não só o senso-comum, mas também o do próprio corpo e os sentidos, "que sabem muito mais coisas do que imaginamos", segundo Doria.

Para ele, é preciso "confiar no que o corpo pede, o que não provém da parte racional do cérebro, mas de uma parte mais intuitiva, à qual não se pode enganar e é preciso prestar atenção".

Por mais racionalizações que sejam usadas para justificar uma decisão, se o corpo diz "NÃO", é que o passo que será dado não se conecta com a parte mais íntima da pessoa. Toda decisão deve estar em harmonia com "o que o corpo pede".

É algo que inclusive pode ser notado fisiologicamente: se uma decisão é correta, ao pensá-la o coração bate melhor, se sente mais força vital e a zona do abdômen se distende ao invés de se contrair.

Por outro lado, segundo um estudo da Universidade de Amsterdã, na Holanda, o fato de pensar demais em um problema leva a tomar decisões erradas no final.

Isso se deve ao fato de que "nosso inconsciente gerencia melhor as decisões mais complexas", segundo o psicólogo Ap Dijksterhuis.

Pelo sim, pelo não...

O especialista pediu a um grupo de 80 voluntários que tomassem uma série decisões simples e complexas. Uma delas consistia em escolher em quatro minutos um carro entre quatro modelos, baseando-se em quatro características, como o consumo de combustível e o espaço disponível para os passageiros.

A maioria dos participantes escolheu o carro que apresentava mais vantagens. Mas quando a complexidade do experimento foi aumentada, pedindo aos voluntários que escolhessem um carro levando em conta 12 atributos, as pessoas começaram a se bloquear.

Curiosamente, quando os pesquisadores distraíram os voluntários, fazendo com que resolvessem charadas - após mostrar os carros e antes de pedir que eles tomassem a decisão - mais da metade conseguiu identificar o modelo mais conveniente, guiando-se pelo inconsciente mais que pela razão.

Segundo Dijksterhuis, "o inconveniente de pensar nas coisas de forma consciente é que só se pode concentrar em poucos elementos ao mesmo tempo. Em uma decisão complexa, isso pode levar a conceder uma importância excessiva a determinados fatores".

Pensar em algo muitas vezes, no que se conhece como "dar voltas em torno das coisas" ou "ruminar as idéias", pode levar distintas avaliações a gerar novas incongruências, aumentando a confusão cada vez mais.

Por outro lado, "o pensamento inconsciente não parece ter limites: foi demonstrado que com este mecanismo da mente podem ser somadas grandes quantidades de informação para fazer um juízo de valor global", segundo o psicólogo holandês.

María Jesús Ribas - Agência EFE

domingo, 13 de janeiro de 2008

Revelando riquezas


O maior bem que podemos fazer a alguém não é comunicar-lhe a nossa riqueza, mas revelar-lhe a sua...


(Autor desconhecido)