(autor desconhecido)
Não é nenhuma novidade que dinheiro, status, beleza e outras coisinhas mundanas são sonhos de consumo, mas não dão sentido à vida de ninguém.
A única coisa que justifica a nossa existência são as relações que a gente constrói. Só os afetos é que compensam a gente percorrer uma vida inteira sem saber de onde viemos nem para onde vamos.
Diante da pergunta enigmática - por que estamos aqui? - só nos consola uma resposta: - para dar e receber abraços, apoio, cumplicidade, para nos reconhecermos um no outro, para repartir nossas angústias, sonhos, delírios. Para amar, resumindo.
Piegas? Depende de como essa história é contada. Se for através de um filme inteligente, sarcástico, tragicômico, como Invasões Bárbaras, o piegas passa à condição de arte.
O filme é uma espécie de continuação de O Declínio do Império Americano, onde um grupo de amigos se encontrava numa casa à beira de um lago e discutiam sobre vida, morte, sexo, política, filosofia. Em Invasões Bárbaras, estes mesmos amigos, quase vinte anos depois, se reencontram por causa da doença de um deles, que está com os dias contados. Descobrem que muitos de seus ideais não vingaram, que muita coisa não saiu como o planejado, só o que sobrou mesmo foi a amizade entre eles.
E a gente se pergunta: há algo mais nesta vida pra sobrar?
Quando chegar a nossa hora, o que realmente terá valido a pena?
Os rostos, risadas, decotes, pernas, beijos, confidências e olhares que nos fizeram felizes por variados e eternos instantes.
Pais e filhos, maridos e mulheres, amigos: são eles que sustentam a nossa aparente normalidade, são eles que estimulam a nossa funcionalidade social. Se não for por eles, se não houver um passado e um presente para com eles compartilhar, com que identidade continuaremos em frente? Que história teremos para carregar? Quem testemunhará que aqui estivemos?
Só quem nos conhece a fundo pode compreender o que nos revira por dentro, qual foi o trajeto percorrido para chegarmos neste exato ponto em que estamos, neste estágio de assombro ou alegria, ou sucesso ou desespero ou seja lá em que pé estão as coisas. Se não nos decifram, se não permitimos que apliquem um raio X na gente, então não existimos, o sentido da vida é nenhum.
Todas as pessoas querem deixar alguns vestígios para a posteridade. Deixar alguma marca. É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente nos imortaliza. Filhos somem no mundo, árvores são cortadas, livros mofam em sebos. A única coisa que nos imortaliza, mesmo, é a memória daqueles que nos amaram.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Peguei esta mensagem do site "Canção Nova". Vale refletir a respeito.
"Estou tentando aprender a não confundir as pessoas com o mal que elas são capazes de praticar e, confesso que tem sido uma experiência muito dura.
A verdade – e é maravilhoso saber isso– é que as pessoas não são aquilo que fazem, mesmo que seja um grande bem ou mal.
Maior verdade ainda é que todas as pessoas são, fundamentalmente, boas.
Por isso, se continuar as confundindo com o mal ou bem que fazem, jamais serei capaz de compreender quem, de fato, são.
A partir daí, faço minha escolha! Escolho o que as pessoas são, e não o que elas fazem! Ufa!" (por Ricardo Sá)
"Estou tentando aprender a não confundir as pessoas com o mal que elas são capazes de praticar e, confesso que tem sido uma experiência muito dura.
A verdade – e é maravilhoso saber isso– é que as pessoas não são aquilo que fazem, mesmo que seja um grande bem ou mal.
Maior verdade ainda é que todas as pessoas são, fundamentalmente, boas.
Por isso, se continuar as confundindo com o mal ou bem que fazem, jamais serei capaz de compreender quem, de fato, são.
A partir daí, faço minha escolha! Escolho o que as pessoas são, e não o que elas fazem! Ufa!" (por Ricardo Sá)
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Tempo que Foge
(autor desconhecido)
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos à limpo".Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe aceitar tropeços, não se encanta com triunfos, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade, exercita a espontânea sinceridade e deseja andar humildemente com Deus.
Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.
(texto copiado do blog do Arthur da Távola)
Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices.Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos à limpo".Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos".
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos. Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe aceitar tropeços, não se encanta com triunfos, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade, exercita a espontânea sinceridade e deseja andar humildemente com Deus.
Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.
(texto copiado do blog do Arthur da Távola)
quarta-feira, 6 de junho de 2007
As pessoas têm a tendência de pensar que são o que fazem. Várias vezes nos deparamos com gente que por ter um cargo de destaque se julga superior aos demais. Esquecem, estas pessoas, que elas "estão" em determinado cargo ou função e que elas não "são" tal cargo ou função.
As pessoas são o que elas vivem e sentem, seus valores, sentimentos, emoções, ações e omissões. E isto elas serão sempre, seja lá que cargo ou função exerçam. O problema surge quando assumem uma personalidade falsa, quando colocam uma máscara e incorporam uma personagem a fim de esconderem seus verdadeiros sentimentos, opiniões e gostos, procurando com isso alcançar simpatia e colher frutos de interesses mesquinhos que, logo ali adiante, se mostrarão vazios de significado, pois nasceram de uma mentira.
Quando somos nós mesmos, com nossas virtudes e defeitos, as conquistas que obtemos são parte daquilo que acreditamos, sem nos causarem constrangimentos, orgulho exacerbado ou humildade fingida, mas tão simplesmente o merecimento por fazer o que julgávamos certo. Para assim viver, não são necessárias máscaras nem falsidades, mas tão somente bom senso e autenticidade.
Aquilo que fazemos seguindo nossa luz interior jamais nos causará arrependimento nem trará falsas ilusões.
As pessoas são o que elas vivem e sentem, seus valores, sentimentos, emoções, ações e omissões. E isto elas serão sempre, seja lá que cargo ou função exerçam. O problema surge quando assumem uma personalidade falsa, quando colocam uma máscara e incorporam uma personagem a fim de esconderem seus verdadeiros sentimentos, opiniões e gostos, procurando com isso alcançar simpatia e colher frutos de interesses mesquinhos que, logo ali adiante, se mostrarão vazios de significado, pois nasceram de uma mentira.
Quando somos nós mesmos, com nossas virtudes e defeitos, as conquistas que obtemos são parte daquilo que acreditamos, sem nos causarem constrangimentos, orgulho exacerbado ou humildade fingida, mas tão simplesmente o merecimento por fazer o que julgávamos certo. Para assim viver, não são necessárias máscaras nem falsidades, mas tão somente bom senso e autenticidade.
Aquilo que fazemos seguindo nossa luz interior jamais nos causará arrependimento nem trará falsas ilusões.
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